A procura por apartamentos garden – unidades com área aberta privativa no térreo – está em alta no segmento econômico. Este tipo de imóvel atrai famílias com crianças e idosos, oferecendo o conforto de um quintal privativo e facilidade de acesso. Geralmente, possuem metragens maiores e preços próximos ao teto da faixa 3 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que é de R$350 mil.
Segundo Maurício Corrêa, diretor Comercial da Jerônimo da Veiga, a estratégia de apresentar os gardens apenas após a aprovação financeira do cliente, evitando frustrações. A empresa inclui unidades térreas com jardins em todos os seus empreendimentos econômicos, com área média de 65 metros quadrados e quintal de 20 metros quadrados, custando cerca de R$30 mil a R$40 mil a mais que um apartamento padrão.
Os gardens são especialmente desejados em empreendimentos sem elevador, afirma Felipe Macedo, gerente Comercial da Direcional. “Morar em um garden é ter a mesma qualidade de vida oferecida por uma casa, mas com a segurança e o lazer de um condomínio”, argumenta.
A empresa oferece unidades com área gramada, cercada e instalações básicas, comparando seu papel ao das coberturas em projetos de padrão mais elevado, ou uma casa em condomínio fechado com segurança.
Em seu primeiro empreendimento em Nova Iguaçu (RJ), a Kadima Construções incluiu quatro gardens entre as 160 unidades, com preços entre R$320 mil e R$350 mil. Rodrigo Roiseman, diretor da empresa, explica que a decisão foi baseada no perfil do bairro, onde há preferência por casas com quintal.
Para investir neste tipo de unidade voltada à baixa renda é preciso estudar o público-alvo antes, adverte Alain Deveza, gerente geral da Vivaz. “Nem todos os nossos projetos têm garden, porque estudamos os desejos e as necessidades do público da região antes de lançar um empreendimento”, afirma.
Já a Novolar, em Campo Grande (MS), notou um aumento na demanda por essas unidades após a pandemia. Em um de seus projetos, 32 dos 320 apartamentos são gardens. Segundo Rodrigo Roiseman, diretor da empresa, o público da região gosta de casa com quintal.
“Essas unidades vão custar entre R$320 mil e R$350 mil, um valor mais alto se comparado ao preço de uma unidade-tipo, que é de R$260 mil. Mas, colocando na ponta do lápis e diluindo esse valor pelo prazo de financiamento, não há grande diferença no fluxo mensal para o cliente”, argumenta.
Fonte: Extra